O técnico Tite, de 63 anos, surpreendeu o mundo do futebol ao anunciar que não assumirá o comando do Corinthians em 2025. Em meio a negociações avançadas com o clube paulista, o treinador optou por interromper sua carreira por tempo indeterminado, alegando a necessidade de cuidar de sua saúde física e mental. O anúncio foi feito por meio de uma carta divulgada por seu filho e auxiliar técnico, Matheus Bachi, nas redes sociais.
Tite explicou que sua escolha foi baseada em reflexões pessoais e sinais que seu corpo vinha emitindo. Em sua declaração, ele afirmou:
“Entendi que existem momentos em que é preciso compreender que, como ser humano, posso ser vulnerável e admitir isso certamente irá me tornar mais forte. Sou um apaixonado pelo que faço e assim seguirei sendo, mas conversando com minha família e observando os sinais que meu corpo estava emitindo, decidi que o melhor a fazer agora é interromper minha carreira para cuidar de mim pelo tempo que for preciso.”
O treinador já havia sido sondado por clubes da Arábia Saudita, mas estava inclinado a retornar ao Corinthians, onde conquistou títulos históricos, como a Libertadores e o Mundial de Clubes de 2012. No entanto, após conversas com sua família, decidiu que o melhor caminho seria uma pausa.
O Corinthians, que esperava a assinatura do contrato nesta terça-feira, agora precisa buscar um novo nome para substituir Ramón Díaz, demitido recentemente após um desempenho abaixo do esperado no Campeonato Brasileiro. A diretoria alvinegra via em Tite um nome capaz de blindar o elenco em um momento delicado, que envolve até investigações fora de campo.
A negociação com Tite era considerada prioridade, especialmente após a desistência de Dorival Júnior e Luís Castro, que também estavam na mira do clube. A expectativa era que o treinador já estivesse à beira do campo na próxima quinta-feira, na partida contra o Racing-URU, pela Copa Sul-Americana.
Tite teve três passagens pelo Corinthians, sendo as duas últimas (2010-2013 e 2015-2016) as mais vitoriosas. Durante esse período, ele se consolidou como o maior técnico da história do clube, o que o levou a assumir a Seleção Brasileira em 2016. Após comandar o Brasil em duas Copas do Mundo (2018 e 2022), ele deixou o cargo e aguardava propostas do futebol europeu.
Fonte: Redação