O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,43% em abril, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25). Apesar do aumento, este é o segundo mês consecutivo de desaceleração do índice, que havia avançado 0,64% em março. No acumulado de 12 meses, a inflação prévia subiu para 5,49%, acima dos 5,26% registrados no mês anterior.
Principais influências no índice
Os grupos de Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais foram os principais responsáveis pela alta do IPCA-15 em abril. O primeiro registrou aumento de 1,14%, com destaque para itens como tomate (32,67%), café moído (6,73%) e leite longa vida (2,44%). Tanto a alimentação no domicílio (1,29%) quanto fora do domicílio (0,77%) apresentaram elevação, com lanches subindo 1,23% e refeições 0,50%.
Já o grupo de Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,96%, impulsionada pelo reajuste de até 5,09% nos preços de medicamentos, que entrou em vigor no final de março. Produtos de higiene pessoal também subiram 1,51%, enquanto os planos de saúde registraram aumento de 0,57%.
Queda nos transportes alivia impacto
Por outro lado, o grupo de Transportes foi o único a apresentar queda, com recuo de 0,44%, o que ajudou a conter uma alta maior no índice geral. As passagens aéreas tiveram redução significativa de 14,38%, enquanto os combustíveis recuaram em média 0,38%. Entre os combustíveis, o etanol caiu 0,95%, o gás veicular 0,71%, o óleo diesel 0,64% e a gasolina 0,29%.
Perspectivas e impacto econômico
Embora a desaceleração do IPCA-15 seja um sinal positivo, a alta acumulada no ano, de 2,43%, ainda preocupa economistas, especialmente devido ao impacto nos custos de itens essenciais como alimentos e medicamentos. O Banco Central segue monitorando os indicadores para avaliar possíveis ajustes na política monetária, enquanto consumidores enfrentam desafios para equilibrar o orçamento doméstico.