A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório detalhado sobre um esquema de corrupção envolvendo desembargadores, conselheiros e advogados de Mato Grosso do Sul. O inquérito, com 280 páginas, aponta que sete desembargadores, incluindo aposentados, e outros envolvidos praticaram crimes de corrupção ao venderem sentenças judiciais. Além disso, há indícios de falsificação de escrituras de compra e venda de partes de uma fazenda.
A investigação também revelou extorsão contra um empresário para que ele assinasse um acordo. Segundo o relatório, os envolvidos formaram uma organização criminosa para manter os produtos e proveitos obtidos por meio dos crimes. Apesar das evidências, o delegado responsável não formalizou indiciamentos devido ao entendimento do STF sobre prerrogativas de função.
Mensagens interceptadas pela PF mostram o envolvimento de um dos desembargadores, Sideni Pimentel, em solicitações de obras para sua fazenda, evidenciando conflito de interesses. Em depoimentos, os investigados negaram irregularidades, e a defesa de Sideni afirmou que todas as receitas do desembargador são lícitas.
O STF agora aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para decidir se os magistrados serão denunciados. Enquanto isso, os desembargadores permanecem afastados de suas funções.
Fonte: Redação