Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entraram com um novo pedido para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), adie os depoimentos das testemunhas na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Motivo do pedido
A defesa de Bolsonaro argumenta que o volume de provas disponibilizado pela Polícia Federal (PF) é extremamente grande, dificultando a análise completa do material antes das oitivas. Segundo o advogado Celso Vilardi, a PF liberou 40 terabytes de documentos, o que tornaria impossível o download e a revisão de todas as informações antes do início das audiências.
Em um trecho do pedido, a defesa explica que, considerando uma velocidade de internet de 500 Mbps, o tempo necessário para baixar os arquivos compactados seria de 178 horas ininterruptas, ou seja, mais de uma semana de trabalho.
Segunda tentativa de adiamento
Essa não é a primeira vez que a defesa de Bolsonaro solicita o adiamento dos depoimentos. Na última terça-feira (13 de maio), os advogados já haviam alegado que não tiveram acesso completo ao material produzido pela investigação e que só poderiam se manifestar após uma análise detalhada das provas.
Depoimentos começam na segunda-feira
Apesar do pedido de adiamento, as oitivas das testemunhas do núcleo 1, apontado como responsável por liderar a suposta trama golpista, estão marcadas para começar na próxima segunda-feira (19 de maio).
O caso segue sob análise do ministro Alexandre de Moraes, que decidirá se aceita ou rejeita o pedido da defesa.
Fonte: Redação