Um ataque a tiros em uma escola de ensino médio na cidade de Graz, no sudeste da Áustria, deixou 11 mortos e 11 feridos nesta terça-feira (10 de junho). O autor do ataque, um ex-aluno de 21 anos, está entre os mortos.
Por volta das 10h no horário local, a polícia recebeu denúncias de disparos dentro da escola. Em poucos minutos, mais de 300 agentes, incluindo unidades especiais e helicópteros, foram enviados ao local para conter a situação.
O atirador, que agiu sozinho, utilizou duas armas de fogo, incluindo uma pistola e uma espingarda, ambas adquiridas legalmente. Ele disparou contra alunos de sua antiga turma antes de tirar a própria vida.
Entre os mortos estão três homens e seis mulheres, segundo o chanceler austríaco Christian Stocker, que classificou o ataque como uma “tragédia nacional”.
Inicialmente, 10 pessoas haviam falecido, mas horas depois, uma mulher que estava em estado crítico não resistiu aos ferimentos, elevando o número de vítimas fatais para 11.
Além disso, 12 alunos ficaram feridos, alguns em estado grave, e foram levados para hospitais da região.
A prefeita de Graz, Elke Kahr, lamentou o ocorrido e afirmou que adultos e estudantes estão entre os mortos. O presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, declarou que o ataque representa um “horror que atinge o coração do país”.
Diante da tragédia, o governo austríaco decretou três dias de luto oficial.
A polícia austríaca ainda investiga os motivos do ataque, mas confirmou que o atirador não tinha antecedentes criminais.
A Áustria possui uma das populações civis mais armadas da Europa, com cerca de 30 armas de fogo a cada 100 habitantes, segundo o Small Arms Survey.
No país, metralhadoras e espingardas de ação por bombeamento são proibidas, mas revólveres, pistolas e armas semiautomáticas podem ser adquiridas com autorização oficial.
O governo do Brasil lamentou o ataque e emitiu uma nota oficial expressando solidariedade às famílias das vítimas e ao povo austríaco. O plantão consular da Embaixada do Brasil em Viena está disponível para atender cidadãos brasileiros em situação de emergência.
Fonte: Redação