O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10 de junho). Bolsonaro afirmou que não teve intenção de acusar Moraes de qualquer desvio de conduta e se desculpou pelas declarações feitas anteriormente.
Bolsonaro é investigado por supostamente liderar um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele teria participado da formulação de uma minuta de decreto que previa um estado de exceção no país.
Além disso, a PGR aponta que Bolsonaro tinha conhecimento do plano chamado “Punhal Verde Amarelo”, que supostamente visava atentar contra a vida de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
O STF está no segundo dia de interrogatório, ouvindo os oito réus do chamado “núcleo crucial” da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro foi questionado sobre seu envolvimento na elaboração da minuta e sobre seu conhecimento do plano “Punhal Verde Amarelo”.
Durante o depoimento, Bolsonaro negou participação ativa no plano e reforçou que não teve intenção de acusar Moraes de irregularidades.
O STF seguirá com os interrogatórios dos demais réus e, posteriormente, analisará as provas e depoimentos para definir os próximos desdobramentos do caso. A expectativa é que novas informações sejam reveladas ao longo da investigação.
