Durante um evento em Mariana (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou seu compromisso com investimentos sociais, defendendo gastos do governo e rebateu críticas de empresários e banqueiros que pedem cortes orçamentários. Lula ressaltou que a política econômica de sua gestão prioriza a classe trabalhadora e a população mais vulnerável, contrapondo-se a interesses do setor financeiro e empresarial.
O presidente afirmou que o Brasil concede R$ 860 bilhões em isenções fiscais para os mais ricos, um valor quatro vezes maior do que o orçamento do Bolsa Família. Segundo ele, enquanto benefícios para a elite são vistos como “investimentos”, os programas sociais são tratados como “gasto”.
“Eu governo para todos os brasileiros, mas eu tenho obrigação moral, ética e política de cuidar do povo mais pobre, do povo trabalhador, da classe média. Eu não fui eleito para fazer benefício para rico.”, disse Lula.
Vale-refeição para entregadores de aplicativo
Outro ponto abordado pelo presidente foi a criação de um vale-refeição para entregadores de comida por aplicativo. Lula defendeu que o benefício pode melhorar as condições de trabalhadores que enfrentam jornadas longas e remuneração instável.
Além disso, mencionou planos para implementar políticas de crédito voltadas à compra de motocicletas elétricas, permitindo que entregadores gastem menos com combustíveis e tenham mais autonomia financeira.
“Nós vamos trabalhar para que esses trabalhadores tenham uma moto elétrica, gastando menos energia.”, declarou.
O governo enfrenta pressões para cortar gastos e dificuldades para aprovar medidas de aumento da arrecadação federal. Lula voltou a criticar a proposta de desvincular o pagamento de aposentadorias do salário mínimo, afirmando que a ideia prejudicaria aposentados e pensionistas.
A expectativa é que as discussões sobre orçamento e políticas sociais continuem nos próximos meses, com embates entre governo e setores empresariais sobre a melhor forma de equilibrar contas públicas e garantir investimentos sociais.