A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) conseguiu permanecer foragida na Itália após um erro de tempo crítico entre seu desembarque em Roma e a emissão da notificação da Interpol. A parlamentar chegou ao país europeu no dia 5 de junho, às 11h40, com passaporte italiano válido. No entanto, seu nome só foi incluído na lista vermelha da Interpol às 16h24 do mesmo dia.
Segundo a vice-ministra do Interior italiana, Wanda Ferro, o intervalo de poucas horas entre a chegada de Zambelli e o recebimento da notificação internacional impediu que as autoridades de fronteira procedessem com a prisão. No momento da verificação de documentos, não havia qualquer sinal de antecedentes criminais nos registros locais.
A situação permitiu que a deputada escapasse da detenção em solo italiano e desaparecesse desde então. Desde o alerta das autoridades brasileiras, a Polícia Federal italiana segue tentando localizá-la, com ajuda de cooperação internacional.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF, acusada de crimes como invasão de sistema informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O processo transitou em julgado, tornando a pena definitiva. Além disso, ela perdeu o mandato parlamentar e foi sentenciada a pagar indenização de R$ 2 milhões por danos morais e materiais.
O governo brasileiro emitiu um pedido formal de extradição, mas enquanto o nome de Zambelli não constar oficialmente na lista ativa de procurados da Interpol, sua prisão não pode ser executada.
A vice-ministra italiana declarou que os esforços para localizar Zambelli continuam, com cooperação direta com o Ministério Público brasileiro. Até o momento, nenhuma confirmação oficial sobre seu paradeiro foi divulgada.