Nesta segunda-feira (16 de junho), Israel bombardeou a sede da TV estatal IRIB, no Irã, enquanto o canal transmitia um jornal ao vivo. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, confirmou a ofensiva, que gerou pânico entre jornalistas e telespectadores.
O ataque ocorreu no Distrito 3 de Teerã, onde estão ministérios e embaixadas. Pouco antes do bombardeio, o governo israelense havia emitido um aviso de evacuação para a população local, alertando sobre possíveis ataques na região.
Imagens compartilhadas por moradores mostram a sede da IRIB cercada por destroços, com fumaça saindo do prédio. A emissora classificou o ataque como uma tentativa de “silenciar a voz do Irã” e informou que sua programação foi interrompida, mas já retomada.
O governo iraniano ainda não divulgou o número oficial de vítimas, mas a TV estatal Press TV indicou que há relatos de mortos.
Além do ataque à emissora, Israel também bombardeou uma base militar iraniana em Teerã, segundo a agência Fars.
O confronto entre Israel e Irã atingiu um nível crítico, chegando ao quarto dia de ataques. Desde sexta-feira (13 de junho), quando Israel lançou a Operação Leão Ascendente, mais de 224 pessoas morreram no Irã e 22 em Israel, incluindo crianças.
Israel justificou a ofensiva inicial como uma tentativa de desmantelar o programa nuclear iraniano, atingindo instalações estratégicas no país. Em resposta, o Irã lançou mísseis contra cidades israelenses, atingindo áreas residenciais e refinarias de petróleo.
Líderes mundiais expressaram preocupação com a escalada do conflito e negociam um cessar-fogo. No entanto, até o momento, nenhuma reunião direta entre Israel e Irã foi confirmada.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os EUA ainda não estão envolvidos, mas que podem intervir caso o conflito continue a se intensificar.
Enquanto isso, a União Europeia convocou uma reunião de emergência para avaliar estratégias diplomáticas e os impactos da guerra no Oriente Médio.
Com ataques contínuos e sem previsão de trégua, a crise entre Israel e Irã segue como um dos maiores desafios geopolíticos do momento.
