A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória à Adriana Catarina Ramos de Oliveira, presa após fazer xingamentos homofóbicos contra um homem em uma cafeteria no Shopping Iguatemi, na zona oeste de São Paulo.
O caso ocorreu no domingo (15 de junho), durante uma discussão envolvendo Adriana e uma funcionária do estabelecimento. A vítima pediu que ela se acalmasse, e foi então alvo de insultos como “bicha nojenta”, além de outras ofensas sobre sua condição financeira.
Medidas impostas pela Justiça
Apesar da concessão da liberdade, Adriana deve cumprir algumas medidas cautelares, entre elas:
- Proibição de frequentar o Shopping Iguatemi, onde a agressão ocorreu;
- Comparecimento mensal à Justiça para informar suas atividades e atualizar endereço;
- Obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente;
- Proibição de sair da comarca de residência por mais de oito dias sem comunicação prévia ao Juízo.
Caso descumpra alguma dessas determinações, ela pode ter o benefício revogado e retornar à prisão.
O caso foi registrado como injúria no 14° Distrito Policial (Pinheiros). Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), testemunhas confirmaram que Adriana fez insultos repetidos contra a vítima e sua família.
A vítima estava acompanhada de familiares e amigos, incluindo uma criança de um ano, no momento da agressão.
Em nota, o Shopping Iguatemi lamentou a situação e afirmou que prestou apoio necessário às autoridades. O empreendimento destacou que repudia qualquer ato de discriminação e intolerância, reforçando o compromisso com a diversidade.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Adriana afirmou que tem problemas físicos e que precisa tomar medicamentos para dor. No entanto, a justificativa não muda o enquadramento legal da agressão, que será analisado pela Justiça nos próximos meses.
O caso segue sob investigação, e a mulher pode responder a novas acusações conforme o andamento do processo.