Um brasileiro que tenta deixar Israel após a recente escalada de violência com o Irã relatou que os bombardeios iranianos são “bem mais fortes” do que os ataques do Hamas, que já havia presenciado em anos anteriores. Em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira (16), Thomas Brett Savoia afirmou que a situação atual é “completamente diferente”, destacando o uso de mísseis balísticos por parte do Irã.
Savoia contou que estava em Tel Aviv com os pais quando foi surpreendido pelo conflito entre o Irã e Israel, na sexta-feira (13). “Vi um míssil caindo da janela do hotel e vi aquela explosão laranja, me assustou bastante. As tensões são altas”, contou.
O confronto entre Irã e Israel já deixou ao menos 240 mortos, segundo balanços oficiais. A maior parte das vítimas está no Irã (224). O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, alega que os alvos dos ataques são “do regime” iraniano, não civis.
Os dois países aparecem lado a lado no ranking global de poder militar: Israel ocupa a 15ª posição e o Irã, a 16ª, segundo o levantamento de 2025 do Global Fire Power. A lista avalia 145 países com base em mais de 60 critérios.
Na última sexta-feira, pela manhã, as Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram uma ampla ofensiva militar, batizada de “Leão em Ascensão”, alegando ter como alvo instalações nucleares e infraestruturas militares iranianas. A ofensiva aérea incluiu uma série de ataques em várias regiões do Irã, incluindo a capital Teerã, resultando na morte de altos oficiais militares iranianos, entre eles o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã e o comandante da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), além de cientistas ligados ao programa nuclear do país. Locais estratégicos como as usinas nucleares de Natanz e Fordow também foram atingidos.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como criminoso e prometeu uma “vingança amarga e terrível” contra Israel. Em resposta, a Guarda Revolucionária lançou na noite de sexta-feira a “Operação Promessa Verdadeira 3”, atingindo alvos militares dentro do território israelense.
Fonte: Redação
