Brasil leiloa direitos de exploração de petróleo perto da Amazônia e levanta R$ 728 milhões

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Embarcação no Rio Amazonas -Amazonia - ribeirinhas - Foto: Leandro Fonseca

Nesta terça-feira (17 de junho), o governo brasileiro realizou um leilão de exploração de petróleo e gás, vendendo os direitos de 19 dos 47 blocos disponíveis na Foz do Amazonas por US$ 153 milhões (aproximadamente R$ 728 milhões).

O certame atraiu duas grandes parcerias internacionais:

  • Um consórcio formado pela Petrobras e a americana ExxonMobil;
  • Outro composto pela gigante Chevron e a estatal chinesa CNPC.

Preocupações ambientais e críticas ao leilão

O leilão gerou intensa repercussão devido aos potenciais impactos ambientais. A Foz do Amazonas é uma área sensível, conhecida por sua rica biodiversidade e pelo papel crucial na estabilidade ecológica da região amazônica.

Especialistas alertam que a exploração de petróleo e gás pode aumentar os riscos de vazamentos, colocando em perigo espécies marinhas e agravando problemas ambientais já existentes na Amazônia.

Ambientalistas criticam a decisão do governo, ressaltando que a iniciativa ocorre poucos meses antes do Brasil sediar a COP30, a conferência climática que será realizada em Belém, Pará.

Justificativa econômica e interesse global

Apesar da polêmica, o governo brasileiro defende que a venda dos blocos representa um importante passo para impulsionar a economia e ampliar investimentos estrangeiros no setor energético nacional.

A presença de grandes multinacionais no leilão demonstra o interesse global pelos recursos da região amazônica, reforçando o papel estratégico do Brasil no cenário energético mundial.

Possíveis reflexos para a COP30 e posição do Brasil

A realização do leilão em um período próximo à COP30 pode afetar a imagem do Brasil nas negociações climáticas, dificultando a defesa de políticas ambientais mais rígidas.

Líderes internacionais podem pressionar o país a garantir medidas compensatórias, exigindo compromissos mais firmes no combate às mudanças climáticas e na preservação da Amazônia.

Enquanto isso, o setor energético segue avançando, com empresas se preparando para iniciar as operações nos blocos adquiridos nos próximos anos.

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