O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Google Brasil informe, em 48 horas, os dados de quem publicou a chamada “minuta do golpe” na internet. A medida faz parte da ação penal sobre a tentativa de golpe investigada pela Polícia Federal.
O pedido foi feito pelos advogados de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, que buscam uma comparação técnica entre a versão da minuta encontrada em sua casa e a que circula online. O objetivo é verificar se Torres realmente foi o autor do documento ou se há diferenças entre os textos.
Além da ordem ao Google, Moraes autorizou duas acareações para esclarecer contradições nos depoimentos: uma entre Mauro Cid e Braga Netto, e outra entre Torres e Marco Antônio Freire Gomes. O procedimento coloca as partes frente a frente para prestarem esclarecimentos simultaneamente.
Moraes recusou solicitações da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para anular a delação de Mauro Cid e acessar provas de outros processos. Também rejeitou a prorrogação do prazo para análise de mídias requerida pelos advogados de Augusto Heleno e Braga Netto.
A investigação avança com expectativa de novos desdobramentos nas próximas semanas, com possível aprofundamento das acusações envolvendo figuras centrais da tentativa de golpe.
