Um sargento da reserva da Polícia Militar da Bahia foi preso nesta quarta-feira (18) sob suspeita de liderar um esquema de exploração sexual infantil, utilizando sua posição de confiança em escolas públicas do município de Teodoro Sampaio, no interior do estado. A investigação aponta que ele se aproveitava da vulnerabilidade social de crianças e adolescentes para cometer os abusos, aliciando vítimas entre 10 e 14 anos em troca de supostos “auxílios assistenciais”.
O homem atuava como professor e tutor em unidades escolares, o que lhe dava acesso direto a estudantes e suas famílias. Essa dupla função o colocava como figura de autoridade — tanto como agente de segurança, quanto como educador — facilitando sua aproximação das vítimas. A conduta, segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), era meticulosamente planejada para gerar confiança, mascarar os abusos e isolar os menores do entorno protetivo familiar e comunitário.
A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-BA, com o apoio da Polícia Civil. Além da prisão do policial, houve cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa do acusado e de um segundo investigado, apontado como responsável por ocultar provas digitais.
Foram apreendidos celulares, computadores e dispositivos eletrônicos que agora serão periciados. Investigadores buscam traçar a extensão dos abusos, além de verificar se o conteúdo digital indica prática de crimes como estupro de vulnerável, assédio sexual e posse de material pornográfico infantil.
Até o momento, não houve pronunciamento oficial da Polícia Militar da Bahia sobre a prisão de seu ex-integrante. A omissão gerou críticas de organizações de direitos humanos, que cobraram transparência e acolhimento das vítimas. Fontes do MP afirmam que novas vítimas podem surgir à medida que o caso ganhe notoriedade.
Fonte: Redação
