PF aponta tentativa de obstrução dentro da própria Abin em investigação sobre espionagem ilegal

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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Relatório da Polícia Federal divulgado nesta quarta-feira (18) conclui que integrantes da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), atuaram deliberadamente para dificultar investigações em curso.

“O cenário apresentado culminou na ocorrência de atos de embaraçamento em prejuízo à presente investigação e aos próprios investigados, tornando-a ainda mais complexa”, afirma o documento.

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Segundo a PF, a estrutura paralela utilizou recursos da Abin para atender a interesses políticos particulares, incluindo ações voltadas a influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2022.

O relatório também destaca que parte dos responsáveis pelo uso do sistema de monitoramento First Mile permaneceu em cargos estratégicos mesmo após a mudança de governo, o que teria gerado um ambiente de coação para investigados e testemunhas.

A corporação ressalta que as ações clandestinas foram conduzidas por um grupo isolado, sem o conhecimento ou participação da maioria dos servidores da Abin, que continuaram exercendo suas funções institucionais de forma regular.

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“Os fatos apurados, por mais graves que sejam, não devem ser utilizados para criminalizar a atividade de inteligência de Estado”, conclui o relatório.

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