O governo do Irã atualizou neste sábado (21) o saldo trágico dos ataques israelenses iniciados no dia 13 de junho: ao menos 430 pessoas foram mortas e outras 3.500 ficaram feridas no país, segundo números divulgados pela agência estatal Nour News com base em dados do Ministério da Saúde iraniano.
A escalada militar entre os dois países já dura mais de uma semana e marca o momento mais violento da história recente entre Teerã e Tel Aviv. O dado chama atenção pela magnitude das vítimas civis: entre os mortos iranianos, 54 são mulheres e crianças, segundo a porta-voz Fatemeh Mohajerani, além de pelo menos 94 feridos com os mesmos perfis.
Segundo o ministro iraniano da Saúde, Mohammad-Reza Zafarghandi, três hospitais foram atingidos por mísseis israelenses, matando dois médicos — um obstetra e um pediatra — e ferindo 14 profissionais de emergência. Sete ambulâncias também foram danificadas.
Esses dados reforçam a acusação iraniana de que Israel estaria violando normas humanitárias ao atingir infraestruturas civis de saúde durante a campanha de ataques aéreos. Já do lado israelense, o número de mortos permanece em 24 civis, segundo autoridades.
A ofensiva militar gerou protestos do Irã contra os Estados Unidos, com membros do governo iraniano acusando Washington de conivência com os bombardeios e questionando a legitimidade das “operações de autodefesa” alegadas por Israel.
Internacionalmente, cresce a pressão por uma trégua imediata. Enquanto isso, as Forças Armadas israelenses continuam interceptando projéteis com o sistema Domo de Ferro, e o Irã mantém ataques a bases militares consideradas estratégicas por Tel Aviv.
O quadro geral é de um conflito assimétrico, sangrento e em aberto, cujos desdobramentos têm potencial de afetar diretamente o equilíbrio regional e a segurança global.
Fonte: Redação