Mesmo com um jogador a menos desde os seis minutos de jogo, o Real Madrid demonstrou força e disciplina para bater o Pachuca por 3 a 1 neste domingo (22), em Charlotte, Estados Unidos, pela segunda rodada do Mundial de Clubes. A vitória não só eliminou os mexicanos como também deixou os merengues muito próximos das oitavas de final.
A partida começou tensa e foi marcada pela expulsão precoce de Raúl Asencio, zagueiro do Real, que cometeu falta dura em Rondón quando era o último homem da defesa. Com um a menos, esperava-se que o time espanhol recuasse — mas o efeito foi contrário. A equipe passou a jogar com frieza tática e apostou em transições rápidas.
O resultado veio ainda no primeiro tempo: Jude Bellingham, em excelente fase, abriu o placar em contra-ataque fulminante. Minutos depois, Arda Güler ampliou em boa jogada construída por Vini Jr., Alexander-Arnold e Gonzalo García. O Real Madrid, mesmo sob pressão, mostrava entrosamento e confiança.
No segundo tempo, o Pachuca partiu com tudo para tentar aproveitar a superioridade numérica. Criou chances, mas esbarrou no paredão Courtois. E em novo contra-ataque cirúrgico, o Real matou o jogo: Valverde tabelou com Brahim Díaz e fez um golaço, definindo o 3 a 0. O Pachuca ainda descontou com Montiel, em chute de fora da área que desviou na zaga, mas a reação parou por aí.
Acusação de racismo e clima tenso em campo
O jogo, porém, não ficou restrito às quatro linhas. O zagueiro Rüdiger, do Real Madrid, acusou o jogador Gustavo Cabral, do Pachuca, de injúria racial. O árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel aplicou o protocolo internacional de combate ao racismo, interrompeu a partida e relatou o caso em súmula. A denúncia deve ser analisada pela FIFA.
Com o resultado, o Real chega aos quatro pontos e decide a vaga contra o RB Salzburg na última rodada do Grupo F, que ainda conta com o Al Hilal. Uma vitória garante classificação; o empate pode ser suficiente, dependendo dos outros resultados.
