O cessar-fogo entre Irã e Israel entrou em vigor na manhã desta terça-feira (24), encerrando uma das mais intensas trocas de ataques diretos entre os dois países nas últimas décadas. A trégua foi resultado de uma articulação diplomática conduzida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou o acordo horas antes de sua efetivação.
De acordo com fontes oficiais, a trégua foi condicionada à suspensão imediata das ofensivas por ambas as partes. O governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarou publicamente que “os objetivos estratégicos foram alcançados”, referindo-se à neutralização de supostas ameaças balísticas e nucleares em território iraniano. Do lado iraniano, as últimas ofensivas foram disparadas momentos antes da entrada em vigor do acordo, o que foi noticiado pela imprensa estatal.
O anúncio do cessar-fogo foi precedido por uma série de contatos diplomáticos liderados por Trump e membros de seu gabinete. Estiveram envolvidos nas negociações o vice-presidente JD Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff, que atuaram em conversas diretas e indiretas com representantes iranianos.
Apesar do início do armistício, o clima nas capitais permanece tenso. Explosões ainda foram registradas em Teerã e no sul de Israel, momentos antes da trégua, com vítimas civis em ambos os lados. As forças militares israelenses anunciaram que permanecem em “estado de alerta máximo”, prontas para responder a eventuais violações.
O cessar-fogo ocorre após dez dias de ataques mútuos, marcados por bombardeios a instalações nucleares, bases militares e áreas civis. A ofensiva israelense contra o complexo subterrâneo de Fordow, no Irã, e os ataques iranianos sobre Tel Aviv, Jerusalém e uma base americana no Catar aumentaram o risco de um conflito regional de grandes proporções.
Agora, líderes internacionais observam os desdobramentos da trégua com cautela. Embora o cessar-fogo represente um avanço imediato na contenção da violência, persistem divergências sobre o futuro do programa nuclear iraniano e a presença militar israelense em zonas de conflito.
Fonte: Redação
