Brasileira morre após queda em trilha no Monte Rinjani; resgate durou 15 horas

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Juliana Marins - Imagem: Reprodução/ Redes sociais

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, segundo maior vulcão da Indonésia, na ilha de Lombok. O acidente ocorreu na sexta-feira (20), e o corpo só foi resgatado quatro dias depois, após uma complexa operação que durou 15 horas.

Juliana realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro e estava acompanhada de uma amiga quando escorregou e caiu de uma altura estimada de 300 metros em um trecho íngreme da trilha de Pelawangan Sembalun. A jovem foi localizada por turistas que sobrevoavam a área com um drone e enviaram vídeos e localização à família. As informações foram repassadas ao Itamaraty, que acionou autoridades locais.

As buscas enfrentaram clima adverso, dificuldade de acesso e falhas em equipamentos, como a falta de corda suficiente para o içamento. O corpo foi avistado em diferentes pontos durante os dias seguintes à queda, “escorregando” por cerca de 650 metros, até ser recuperado na terça-feira (24). Como o resgate aéreo foi inviável devido às condições climáticas, a operação foi feita com cordas manuais e envolveu equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), da polícia e do Parque Nacional do Monte Rinjani.

O corpo foi levado até um ponto de ancoragem, transferido em comboio por trilha até a base da montanha e, por fim, entregue ao Hospital Bhayangkara em Sembalun. Exames para identificar a causa da morte ainda serão realizados antes da repatriação para o Brasil.

Segundo dados do governo local, desde 2020 o Monte Rinjani já registrou pelo menos oito mortes e 180 acidentes. O caso reacende discussões sobre segurança em trilhas na região e a infraestrutura de resposta a emergências em áreas de difícil acesso.

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