Deputado dos EUA pede sanções contra Moraes por suposta repressão a opositores no exterior

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(Foto: Gustavo Moreno / STF)
(Foto: Gustavo Moreno / STF)

O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos Estados Unidos, deputado Christopher H. Smith, solicitou ao secretário de Estado, Marco Rubio, a imposição imediata de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em carta oficial, Smith acusa o magistrado de liderar uma política de “repressão transnacional” contra brasileiros residentes em território norte-americano.

Segundo o parlamentar republicano, autoridades brasileiras estariam utilizando mecanismos da Interpol para perseguir dissidentes no exterior, pressionando diretamente forças de segurança dos EUA, coagindo empresas americanas a restringirem liberdades de expressão protegidas pela Constituição local e tentando impor ordens judiciais estrangeiras para silenciar manifestações políticas.

Smith também citou o depoimento do ex-comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo — neto do ex-presidente João Figueiredo — prestado à comissão na última terça-feira (24), como base para sua denúncia. O deputado afirmou que o Brasil estaria “à beira de uma ruptura institucional” e criticou o “silêncio deliberado” de Moraes diante de uma carta enviada por congressistas norte-americanos em junho de 2024, que teria ficado sem resposta.

Para Smith, as ações atribuídas ao ministro extrapolam a política externa brasileira e afetam diretamente os interesses dos Estados Unidos. “A repressão transnacional promovida pelo governo do Brasil nos EUA, somada à recusa em dialogar com o Congresso, tornou-se também uma questão doméstica. Essas ações comprometem os direitos dos cidadãos americanos, a soberania de nossas instituições e a integridade do nosso sistema jurídico e tecnológico”, escreveu.

O deputado concluiu pedindo providências urgentes para aplicar sanções e identificar outras autoridades brasileiras supostamente envolvidas. “O Brasil, que já foi um parceiro democrático exemplar na região, está próximo de um colapso institucional. Não podemos nos permitir o arrependimento de uma omissão diante de sinais tão claros”, afirmou.

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