O laudo preliminar da autópsia realizada no corpo da brasileira Juliana Marins, de 24 anos, confirmou que a morte ocorreu poucos minutos após sua queda de 300 metros em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Segundo o legista responsável no Hospital Bali Mandara, Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas que resultaram em hemorragia intensa e falência de órgãos.
As lesões mais graves foram identificadas na região posterior do tronco, atingindo áreas vitais do tórax e do abdome. Havia também ferimentos na cabeça e escoriações espalhadas pelo corpo, compatíveis com o deslizamento no terreno íngreme da montanha. A hipótese de hipotermia foi descartada pelos peritos, que apontaram a gravidade dos traumas como causa principal do óbito.
Juliana estava viajando pela Ásia em um mochilão iniciado em fevereiro, com passagens por Filipinas, Tailândia e Vietnã. O acidente ocorreu em 20 de junho. Após o tropeço e a queda, ela chegou a ser vista viva por turistas horas depois, mas não conseguiu se mover. As buscas duraram quatro dias e enfrentaram neblina, terreno instável e falta de equipamentos adequados, segundo críticas de visitantes e especialistas.
A trilha onde o acidente ocorreu foi interditada temporariamente pelo Parque Nacional do Monte Rinjani. Autoridades locais prometeram revisar os protocolos de segurança e a sinalização do trajeto. A família de Juliana acompanha os procedimentos para repatriação do corpo, com apoio do governo brasileiro e de mobilizações solidárias.