A infecção urinária, também conhecida como infecção do trato urinário (ITU), é uma das condições mais comuns entre mulheres. Estima-se que mais da metade das brasileiras terão ao menos um episódio ao longo da vida, segundo especialistas. O principal agente causador é a bactéria Escherichia coli, normalmente presente no intestino, que pode migrar para o sistema urinário.
Os sintomas variam conforme a região afetada — uretra, bexiga ou rins — mas os mais frequentes são: necessidade constante de urinar, ardência, dor ao urinar, urina escura ou com odor forte e dor abdominal. Casos mais graves, especialmente quando os rins são atingidos, podem incluir febre e mal-estar geral. Em idosos, a infecção pode se manifestar de forma atípica, com confusão mental como sinal de alerta.
Fatores como higiene íntima inadequada, baixa ingestão de água, atividade sexual, uso prolongado de absorventes, gravidez e doenças crônicas como diabetes aumentam o risco da ITU. Internações hospitalares também estão entre os fatores predisponentes.
O diagnóstico costuma ser feito com base nos sintomas e confirmado por exames laboratoriais, como o EAS (elementos anormais e sedimento) e a urocultura. O tratamento é realizado com antibióticos sob prescrição médica. Casos leves são tratados com comprimidos, enquanto situações mais graves — como pielonefrite — podem requerer antibióticos injetáveis e até internação.
A prevenção envolve medidas simples, como beber bastante água, urinar após relações sexuais, evitar segurar a urina por longos períodos, manter boa higiene e trocar absorventes com frequência durante a menstruação.