A companhia aérea Emirates confirmou que o corpo da publicitária Juliana Marins, morta após acidente durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, será transportado ao Brasil a partir desta terça-feira (1º). O traslado seguirá primeiro para Dubai e, de lá, para o Rio de Janeiro, com chegada prevista para quarta-feira (2).
Em comunicado oficial, a empresa informou que priorizou a coordenação com autoridades indonésias e outras partes envolvidas para viabilizar a repatriação, mas disse que “restrições operacionais” impediram a realização dos preparativos antes. A família foi comunicada da logística e receberá o corpo para realização do velório em Niterói, cidade natal da vítima.
Juliana, de 24 anos, morreu após cair de um desfiladeiro de aproximadamente 300 metros. O acidente ocorreu na madrugada de 21 de junho, quando ela fazia a trilha sozinha, durante um mochilão pela Ásia iniciado em fevereiro. Turistas avistaram a jovem com vida horas após a queda, mas o resgate levou cerca de quatro dias para ser concluído, levantando críticas à atuação das autoridades locais e dos organizadores da excursão.
Uma autópsia feita na Indonésia apontou como causa da morte traumatismo torácico por força contundente. A família, no entanto, solicitou judicialmente uma nova perícia no Brasil, com apoio da Defensoria Pública da União e da Prefeitura de Niterói. O pedido foi protocolado durante plantão judicial no domingo (29) e aguarda decisão da Justiça Federal.
A Prefeitura de Niterói custeou aproximadamente R$ 55 mil em despesas com transporte do corpo, trâmites funerários e sepultamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, por meio de decreto, que o Itamaraty prestasse assistência integral à família — incluindo recursos para a repatriação, medida que antes era vetada por normas federais.
Como forma de homenagem, o prefeito Rodrigo Neves anunciou que o Mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, passarão a levar o nome de Juliana Marins.