Motta nega traição em votação do IOF e critica polarização

2 Min de leitura
Presidente da Câmara Hugo Motta - Foto: WILTON JUNIOR Wilton/ESTADÃO

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou que tenha havido traição ao governo na votação que derrubou o decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e afirmou ter comunicado previamente ao Executivo sobre a resistência no Congresso. A declaração foi feita nesta segunda-feira (30), por meio de vídeo publicado nas redes sociais.

No pronunciamento, Motta disse ser “fake” a ideia de que o governo foi surpreendido pela derrota e reforçou que 383 deputados — de diferentes espectros ideológicos — votaram contra o decreto. Segundo ele, o aumento do IOF “afeta toda a cadeia econômica”.

O deputado também criticou a polarização política e disse que “quem alimenta o nós contra eles governa contra todos”. Ele apontou que mesmo durante a sessão que derrubou o decreto, outras medidas de interesse do governo foram aprovadas, como o crédito consignado privado e a Medida Provisória do Fundo Social.

Motta declarou ainda que alertou o governo sobre os riscos da medida: “Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa, não é leal, é cúmplice”, afirmou. Ele disse não servir a partidos, mas ao país, e defendeu o centrismo como posição de diálogo, e não de omissão.

A votação que anulou o decreto ocorreu no dia 25 de junho. A decisão de pautar o tema foi comunicada pelo próprio Motta na véspera, nas redes sociais. A tramitação contou com articulações de parlamentares que já indicavam dificuldades na aceitação da proposta.

Compartilhar