Governo dos EUA acusa Harvard de violar Lei dos Direitos Civis

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Universidade de Harvard — Foto: Faith Ninivaggi/Reuters

O governo do presidente Donald Trump concluiu que a Universidade Harvard violou a Lei dos Direitos Civis ao não coibir, e em alguns casos incentivar, práticas consideradas antissemitas no campus. A investigação, conduzida pelo Escritório de Direitos Civis do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, aponta que a instituição foi deliberadamente indiferente a episódios de assédio contra estudantes, professores e funcionários judeus.

A conclusão consta em carta enviada nesta segunda-feira (30) ao presidente interino da universidade, Alan Garber, por membros da Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Antissemitismo. O documento alerta que Harvard poderá perder todo o financiamento federal caso não adote mudanças imediatas para garantir o cumprimento do Título VI da legislação, que proíbe discriminação com base em raça, cor ou origem nacional em instituições que recebem recursos federais.

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Entre os casos citados estão relatos de agressões a estudantes judeus e israelenses, uso de imagens com estereótipos antissemitas e a instalação de um acampamento considerado ameaçador no campus, que teria afetado a rotina acadêmica. Segundo o governo norte-americano, esses episódios configuram “participação ativa” da universidade em práticas discriminatórias.

A medida ocorre após negociações frustradas entre o governo e Harvard para um possível acordo judicial. Em junho, Trump chegou a afirmar publicamente que a instituição havia “agido de forma extremamente apropriada” e que um entendimento estava próximo. Porém, segundo autoridades, as tratativas foram encerradas por divergências em pontos considerados críticos.

Além dessa ação, o governo Trump move dois outros processos contra Harvard, sendo um relacionado à concessão de vistos para estudantes internacionais e outro referente ao congelamento de verbas públicas. A atual ofensiva é parte de um esforço mais amplo do Executivo em fiscalizar instituições de ensino superior sob acusações de preconceito e falta de diversidade ideológica.

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A universidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova decisão. A Casa Branca afirmou que permanece aberta ao diálogo, desde que a universidade cumpra os compromissos exigidos.

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