Trump encerra sanções econômicas à Síria e reconfigura política externa dos EUA

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Foto: Agência de Imprensa Saudita/Divulgação via REUTERS
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (3) uma ordem executiva que encerra o programa de sanções econômicas contra a Síria, marcando uma mudança significativa na política externa americana em relação a Damasco.

O que muda com o novo decreto

  • O decreto revoga a emergência nacional declarada em 2004 e cinco ordens executivas que sustentavam o regime de sanções.
  • Apesar do alívio, sanções específicas continuam válidas contra figuras como Bashar al-Assad, seus aliados e grupos considerados desestabilizadores.
  • O governo também iniciou a revisão do status da Síria como Estado patrocinador do terrorismo, em vigor desde 1979.

Revisão do Caesar Act

  • O decreto delega ao secretário de Estado a possibilidade de suspender parcial ou totalmente as sanções previstas no Caesar Act, legislação que impunha duras restrições à Síria.
  • O Departamento do Tesouro já havia emitido uma licença geral em maio, e o Departamento de Estado autorizou isenções específicas para facilitar investimentos no país.

Cálculo estratégico e os Acordos de Abraão

  • A medida ocorre em meio a esforços diplomáticos para atrair a Síria aos Acordos de Abraão, que visam normalizar relações entre Israel e países árabes.
  • Um alto funcionário do governo negou que haja barganha, mas reconheceu que “é benéfico para a Síria se aproximar de Israel”.
  • O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, tem defendido a expansão da iniciativa para incluir Damasco.

Essa decisão pode abrir caminho para reintegração econômica da Síria e redefinir alianças no Oriente Médio.

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