Irã aprova lei que proíbe uso do Starlink e endurece punições por vínculos com países adversários

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Foto: REUTERS/Nathan Howard
Foto: REUTERS/Nathan Howard

O Parlamento do Irã aprovou uma nova legislação que proíbe o uso da internet via satélite fornecida pela Starlink, empresa de Elon Musk. A medida, ainda pendente de aprovação final, faz parte de uma ofensiva mais ampla contra o que o regime iraniano classifica como influência externa indesejada, especialmente após os recentes ataques dos Estados Unidos e de Israel.

Punições previstas

Segundo a mídia estatal, quem for flagrado utilizando o serviço poderá ser condenado a:

  • Multas
  • Chicotadas
  • Até dois anos de prisão

Além disso, a nova norma endurece as penas para casos de espionagem e “cooperação operacional” com países considerados inimigos, como EUA e Israel. Essas ações podem ser enquadradas como “corrupção na Terra”, crime que, de acordo com o código penal iraniano, pode levar à pena de morte.

Contexto: ativação do Starlink no Irã

A preocupação das autoridades iranianas aumentou após a ativação do serviço Starlink sobre o território iraniano, em meio a um apagão digital imposto pelo próprio governo durante os ataques israelenses. No dia 14 de junho, Elon Musk publicou no X: “The beams are on”, indicando que os satélites estavam operando na região.

Estima-se que entre 30 mil e 40 mil terminais Starlink estejam em funcionamento no Irã, muitos deles adquiridos por vias clandestinas, o que representa um desafio direto ao controle estatal sobre a informação

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