A proposta econômica central do presidente Donald Trump — o chamado One Big Beautiful Bill — enfrentou forte resistência na Câmara dos Representantes nesta quarta-feira (2), colocando em risco o cronograma para sua sanção até o feriado de 4 de julho. O projeto, que prevê cortes de impostos, aumento de gastos militares e redução de programas sociais, tem custo estimado de US$ 3,4 trilhões e gerou divisões profundas dentro do próprio Partido Republicano.
Conteúdos
Divisões internas e pressão conservadora
- O grupo Freedom Caucus, de perfil ultraconservador, exige cortes mais agressivos no Medicaid e outras áreas sociais.
- Parlamentares moderados alertam para impactos negativos em hospitais locais e comunidades vulneráveis.
- O presidente da Câmara, Mike Johnson, só pode perder três votos republicanos para manter o projeto em curso.
Articulação da Casa Branca
- O diretor de orçamento Russ Vought foi enviado para negociar com dissidentes.
- Trump convocou parlamentares à Casa Branca e intensificou a pressão pública, prometendo retaliações eleitorais a quem bloquear o projeto.
- Em publicação na Truth Social, Trump afirmou: “Déficit cortado pela metade, investimentos recorde — dinheiro, fábricas, empregos chegando aos EUA”.
Cenário fiscal e risco de atraso
- O projeto aprovado no Senado eleva o déficit federal em relação à versão anterior da Câmara, passando de US$ 2,8 trilhões para US$ 3,4 trilhões.
- Mudanças exigidas pela ala conservadora podem forçar nova votação no Senado, comprometendo o prazo de sanção presidencial.
- O deputado Andy Harris declarou: “Precisamos de mais uma semana para acertar isso”.
Próximos passos
- A votação decisiva na Câmara ainda não tem data confirmada.
- O impasse revela a dificuldade do governo em unificar sua base e aprovar uma das principais peças da agenda econômica de Trump.
