Família de Juliana Marins opta por sepultamento para permitir nova autópsia

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Família de Juliana chega para o velório — Foto: Rafael Nascimento/g1 Rio

A família da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, decidiu sepultar o corpo da jovem em vez de realizar a cremação, como inicialmente planejado. A mudança ocorreu por recomendação judicial, diante da possibilidade de uma nova autópsia ser necessária para esclarecer dúvidas sobre as circunstâncias da morte, ocorrida após uma queda durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.

O velório foi realizado nesta sexta-feira (4), no Cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ), cidade natal de Juliana. A cerimônia foi dividida em dois momentos: das 10h às 12h, aberta ao público, e das 12h30 às 15h, restrita a familiares e amigos próximos.

Segundo o pai da jovem, Manoel Marins, a família havia solicitado a cremação por meio da Defensoria Pública, mas o pedido foi inicialmente negado pelo juiz, que considerou a morte como suspeita. Posteriormente, a autorização foi concedida, mas os parentes optaram pelo sepultamento para garantir a possibilidade de exumação futura, caso seja necessário.

O corpo de Juliana passou por uma segunda autópsia no Brasil, realizada no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, na quarta-feira (2). O exame durou cerca de duas horas e meia e contou com a presença de peritos da Polícia Civil, um legista federal e um especialista contratado pela família. Um laudo preliminar deve ser divulgado em até sete dias.

A primeira autópsia, feita em Bali, indicou que Juliana morreu por múltiplas fraturas e lesões internas, sobrevivendo por cerca de 20 minutos após o trauma. No entanto, o documento não especificou o dia exato da morte, o que gerou críticas da família e motivou a realização de um novo exame no Brasil.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, voltou a criticar a demora no resgate, que levou quatro dias para alcançar a brasileira após o acidente. A família também questiona a estrutura hospitalar da Indonésia e solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar o caso.

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