O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou no Fórum de Lisboa que a diplomacia brasileira deve manter “neutralidade” e sempre visar os interesses nacionais, lembrando que “não há amizade entre países, há interesses”. Para ele, o Brasil precisa “fazer seu dever de casa” para retomar investimentos em defesa e garantir a soberania.
Para Tarcísio, o maior risco ao país hoje não é fiscal, mas o crime organizado, que se infiltra em negócios lícitos e corrói a competitividade. Ele defendeu:
- Guarnecer as fronteiras para impedir o tráfico e lavagem de dinheiro
- Equipar as Forças Armadas com tecnologia de ponta
- Fortalecer a vigilância em portos, aeroportos, rodovias e rotas de contrabando
- Garantir cooperação federativa e apoio financeiro a estados e municípios
Sobre alinhamentos externos, o governador ponderou que a aproximação com países do Sul Global pode ampliar mercados pelo peso populacional, mas alertou que democracias frágeis afastam investidores. “É como ter um estoque de capital gigantesco e restringi-lo a uma parcela ínfima”, disse, defendendo práticas de governança alinhadas à OCDE para atrair recursos e parcerias sólidas.