Indústria química pede prorrogação de tarifa contra importações predatórias

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Indústria química (Foto: Agência GOV)

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) protocolou nesta sexta-feira (4) um pedido junto à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para renovar a lista de 30 produtos incluídos na Tarifa Externa Comum (TEC) por desequilíbrios comerciais. A medida busca conter o aumento de importações com preços abaixo do valor praticado no Brasil.

Segundo a entidade, o setor opera com cerca de 40% de ociosidade, enquanto as importações chegaram a representar 50% do consumo nacional. Embora esse número tenha recuado para 46% no primeiro bimestre de 2025, os preços das mercadorias estrangeiras seguem em queda — com destaque para as resinas termoplásticas, que estão até 40% mais baratas do que as fabricadas no país.

O setor denuncia concorrência desleal por parte de países como China, Estados Unidos e Arábia Saudita, que direcionam excedentes produtivos ao mercado brasileiro em práticas consideradas predatórias. A Abiquim afirma que a continuidade da tarifa é essencial para preservar empregos e recuperar a utilização da capacidade instalada da indústria nacional.

O Brasil abriga a quarta maior indústria química do mundo, com aproximadamente 2 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. A entidade alerta para o impacto da conjuntura econômica global sobre a competitividade e reforça que a decisão da Camex será estratégica para a sobrevivência do setor.

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