A Nova Guerra Invisível: Como a Corrida pela IA Disputa Minerais, Energia e Poder Global

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Data center — Foto: Freepik

A intensificação da corrida pela supremacia em inteligência artificial tem impulsionado uma disputa global por controle de minerais estratégicos e fontes de energia. Países como Estados Unidos e China aprofundam embargos comerciais, acordos bilaterais e investimentos bilionários para garantir o domínio sobre terras raras, gálio, germânio e outros componentes essenciais à fabricação de chips e infraestrutura de data centers.

O governo norte-americano, sob a gestão de Donald Trump, condicionou apoio político à Ucrânia ao fornecimento preferencial de minerais críticos. Simultaneamente, negociações com Pequim incluíram a liberação de vistos estudantis em troca de acesso a recursos minerais. A China, que lidera a etapa de extração e refino desses materiais, responde com restrições de exportação e avanço tecnológico doméstico  como o lançamento do DeepSeek-R1, chatbot que desafiou o mercado de IA ocidental.

No campo energético, os data centers já consomem 2% da eletricidade global, devendo atingir até 9,1% nos EUA até 2030. Empresas como Microsoft, Google e Amazon investem em energia renovável, mas enfrentam o paradoxo: usinas solares e eólicas exigem alto volume de minerais críticos, reforçando a dependência da extração e seus impactos ambientais.

A expansão acelerada da IA expõe tensões entre inovação e sustentabilidade, consolidando uma nova infraestrutura invisível que redefine os eixos do poder global.

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