Durante um encontro na Casa Branca nesta segunda-feira (7), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou oficialmente a indicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz. A justificativa, segundo Netanyahu, é o papel desempenhado por Trump na mediação de conflitos e acordos diplomáticos no Oriente Médio.
“Quero apresentar a você, senhor presidente, a carta que enviei ao Comitê do Prêmio Nobel, indicando-o para o prêmio da paz, o que é muito merecido”, declarou Netanyahu, entregando pessoalmente a carta de recomendação a Trump.
Justificativas da indicação
Netanyahu destacou os esforços de Trump para promover a paz e a segurança na região, citando sua atuação em negociações com o Hamas, os Acordos de Abraão — que normalizaram relações entre Israel e países árabes — e sua postura firme contra o Irã. O premiê israelense afirmou:
“Ele está promovendo a paz neste exato momento, em um país, em uma região após a outra”.
O que diz o Comitê do Nobel?
O Prêmio Nobel da Paz é concedido anualmente pelo Comitê Norueguês do Nobel a pessoas ou organizações que tenham contribuído significativamente para a fraternidade entre as nações, a redução de armamentos ou a promoção de congressos de paz. A nomeação de Trump será analisada junto a outras 337 candidaturas registradas para a edição de 2025.
Controvérsias e críticas
Apesar da indicação, analistas apontam que a candidatura de Trump enfrenta obstáculos. O presidente americano tem sido criticado por apoiar o deslocamento forçado de palestinos de Gaza — medida considerada ilegal pelo direito internacional — e por autorizar bombardeios contra instalações nucleares iranianas, que resultaram em centenas de mortes civis.
Além disso, Trump já expressou publicamente sua frustração por nunca ter recebido o Nobel, mesmo após mediações em conflitos como Índia-Paquistão e Sérvia-Kosovo. A honraria, no entanto, é decidida por um comitê independente e segue critérios rigorosos de avaliação.
A indicação de Trump ao Nobel da Paz, feita por um dos seus principais aliados internacionais, reforça a tentativa do presidente americano de consolidar sua imagem como pacificador global — ainda que suas ações no cenário internacional continuem gerando divisões e controvérsias.