A fabricante de chips Nvidia tornou-se nesta quarta-feira (9) a primeira empresa de capital aberto do mundo a atingir US$ 4 trilhões em valor de mercado equivalente a cerca de R$ 21,8 trilhões. A valorização acompanha o crescimento contínuo na demanda por tecnologias de inteligência artificial, consolidando a companhia como protagonista entre as ações mais negociadas de Wall Street.
Os papéis da Nvidia subiram mais de 2% pela manhã, sustentando uma trajetória de alta que triplicou o valor da empresa em pouco mais de um ano. Em junho de 2023, a companhia havia ultrapassado o patamar de US$ 1 trilhão, superando rivais como Apple e Microsoft, que atualmente possuem valor de mercado superior a US$ 3 trilhões.
A Nvidia representa atualmente 7,3% do índice S&P 500, o maior peso entre as empresas listadas. Para efeito de comparação, Apple e Microsoft detêm cerca de 7% e 6%, respectivamente.
Além do desempenho em bolsa, a empresa registrou lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 107 bilhões) no primeiro trimestre do exercício fiscal, com receita de US$ 44,1 bilhões (R$ 251 bilhões). O resultado veio acima das projeções, embora o setor de data centers, principal área de operação, tenha ficado levemente abaixo das expectativas.
Fundada originalmente para produzir placas de vídeo voltadas a jogos e edição de imagem, a Nvidia passou a dominar a fabricação de GPUs (Graphics Processing Units) — chips gráficos que se tornaram essenciais para o treinamento de modelos de IA, como o ChatGPT. Os principais clientes incluem Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify.
A empresa também enfrenta restrições regulatórias sobre exportações para a China, que geraram um impacto de US$ 4,5 bilhões nos resultados, abaixo dos US$ 5,5 bilhões estimados inicialmente. Para o segundo trimestre, a Nvidia prevê novas pressões, com efeito esperado de até US$ 8 bilhões nas vendas.