Novo caso de criança amarrada é registrado em escola de Araucária (PR)

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Menino autista foi amarrado em cadeira em escola particular no Paraná — Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná investiga um segundo caso de possível maus-tratos contra crianças em uma escola particular na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Após a repercussão de imagens de um menino autista amarrado a uma cadeira no banheiro da Escola Shanduca – Berçário e Pré-Escola, surgiu a denúncia de que uma menina de 3 anos também teria sido amarrada, registrada em uma fotografia enviada pelos pais.

Na imagem divulgada, a criança aparece dormindo com fita adesiva prendendo suas mãos à cadeira, encostada na parede de uma sala da instituição. O pai, Bruno Incott, relatou que recebeu a foto após o caso anterior vir a público. Segundo ele, a filha relatou ter sofrido agressões por parte de educadoras. O motivo alegado para o ato seria uma represália após a menina supostamente ter beliscado um colega.

O primeiro episódio ocorreu na segunda-feira (7), envolvendo um menino de 4 anos com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e que é não verbal. Ele foi encontrado sozinho dentro do banheiro da escola, amarrado pelos pulsos e pela cintura com tiras de tecido. A professora suspeita foi presa em flagrante pela Guarda Municipal e aguarda audiência de custódia.

Segundo a advogada da família do menino, novas imagens surgiram mostrando que o garoto teria sido amarrado em mais de uma ocasião, vestindo roupas diferentes em registros distintos. A defesa pede que todos os casos sejam investigados em conjunto.

O Ministério Público solicitou a conversão da prisão para preventiva, a fim de proteger outras crianças ainda sob os cuidados da educadora. O delegado Erineu Portes informou que serão ouvidas funcionárias, a pedagoga e a dona da escola, além de familiares de outras possíveis vítimas.

Na terça-feira (8), mais um boletim de ocorrência foi registrado por outro pai, referente a uma suspeita de maus-tratos em 2023. A investigação prossegue e os laudos periciais das crianças são aguardados.

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