O novo laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro, divulgado nesta quarta-feira (10), confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumas internos, após queda de altura durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A causa direta foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia.
Segundo os peritos, Juliana sobreviveu por 10 a 15 minutos após o impacto, mas em estado incompatível com qualquer tentativa de locomoção ou reação. O corpo chegou ao Brasil embalsamado, o que prejudicou parte da análise, como a estimativa precisa do horário da morte e a verificação de lesões clínicas mais sutis.
Principais conclusões do laudo brasileiro
- A morte decorreu de queda acidental de grande altura, com fraturas na pelve, tórax e crânio.
- A análise apontou sinais de sofrimento físico e psíquico antes da morte, caracterizando um período agônico.
- Não foram encontrados sinais de violência sexual, tortura ou agressão de terceiros.
- Exames toxicológicos identificaram apenas o antidepressivo venlafaxina, já prescrito à vítima.
- O corpo apresentava marcas compatíveis com deslocamento ou arrasto, possivelmente causadas pela inclinação do terreno.
- A perícia brasileira não teve acesso ao local da queda, limitando a análise sobre a dinâmica do acidente.
Divergências e complementações
A autópsia feita na Indonésia havia indicado fraturas extensas e politraumatismo como causa da morte — aspectos compatíveis com os achados brasileiros. Apesar de o laudo nacional não conseguir determinar com precisão o horário da morte, foi considerada válida a estimativa indonésia de que Juliana morreu entre 1h15 de 23 de junho e 1h15 de 24 de junho, sendo que o acidente ocorreu na manhã do dia 21.

A nova perícia foi solicitada pela família da vítima à Justiça brasileira, e um perito particular acompanhou o exame. O corpo, que inicialmente seria cremado, foi preservado para permitir essa nova investigação.