O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou que está desenvolvendo estratégias para minimizar os impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com atenção especial à exportação de aeronaves da Embraer — setor considerado altamente sensível e estratégico.
Segundo nota oficial, o ministério está em diálogo com o setor produtivo e avalia medidas para preservar a competitividade das empresas exportadoras, como:
- Investimentos em infraestrutura portuária
- Descentralização da movimentação de cargas
- Negociações com outros países para diversificar mercados
Aeronaves entre os produtos mais afetados
As aeronaves ocupam o 4º lugar entre os produtos brasileiros mais exportados para os EUA no primeiro semestre de 2025, com US$ 876 milhões em vendas. A lista inclui:
Produto | Valor exportado (US$) |
---|---|
Petróleo bruto | 2,378 bilhões |
Semiacabados de ferro e aço | 1,518 bilhão |
Café | 1,172 bilhão |
Aeronaves | 876 milhões |
Derivados de petróleo | 830 milhões |
Sucos de frutas (laranja) | 743 milhões |
Carne bovina | 738 milhões |
Ferro fundido | 683 milhões |
Celulose | 671 milhões |
Máquinas e compressores | 568 milhões |
Restrição portuária é pontual, diz ministério
Apesar da preocupação com o fluxo de exportações, o ministério afirma que os problemas nos portos são localizados e não comprometem a eficiência geral da logística brasileira. A pasta também reforçou que está monitorando os efeitos da tarifa sobre produção e emprego, especialmente em setores industriais com forte dependência do mercado norte-americano.