O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em entrevista à emissora americana Newsmax que há “chances reais” de um acordo com o Hamas para a libertação de prisioneiros, com possibilidade de conclusão nos próximos dias. As negociações seguem em Doha, com mediação dos Estados Unidos, e envolvem um cessar-fogo de 60 dias como base para discutir o fim do conflito.
Condições israelenses e postura firme
Netanyahu deixou claro que Israel retomará as operações militares caso suas exigências não sejam atendidas. Entre elas:
- Entrega de armas pelo Hamas
- Desmilitarização da Faixa de Gaza
- Exílio dos líderes do grupo
“Se nossas demandas não forem atendidas em 60 dias, vamos alcançá-las por outros meios — com a força do nosso exército”, declarou Netanyahu.
Disputa sobre prisioneiros e presença militar
O acordo em discussão prevê a libertação de 28 prisioneiros israelenses — 10 vivos e 18 corpos — em fases ao longo da trégua. No entanto, o Hamas rejeita a proposta israelense de manter presença militar significativa em Gaza durante o cessar-fogo, exigindo:
- Retirada total das tropas
- Fluxo irrestrito de ajuda humanitária
- Fim da ocupação e dos enclaves militares
“Não podemos aceitar a perpetuação da ocupação de nossas terras”, afirmou Bassem Naim, dirigente do Hamas.
Papel dos EUA e tensão diplomática
Fontes indicam que o governo Trump não pretende permitir que Israel retome os ataques após o cessar-fogo, mesmo que isso não esteja formalmente previsto no acordo. A posição americana busca evitar nova escalada militar e preservar o avanço das negociações.