A economia chinesa registrou crescimento de 5,2% no segundo trimestre de 2025, conforme dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas. O desempenho foi sustentado por forte alta nas exportações, mesmo com o aumento de tarifas promovido pelos Estados Unidos sob o governo do presidente Donald Trump.
O resultado confirma as expectativas de analistas e se soma ao avanço de 5,4% observado no primeiro trimestre, indicando estabilidade econômica em meio à intensificação da guerra comercial.
A produção industrial cresceu 6,8% no trimestre, superando previsões anteriores de 5,6%. Já as vendas no varejo subiram 4,8% em relação ao mesmo período de 2024, mas ficaram abaixo da meta de 5,3%, evidenciando dificuldades na recuperação do consumo doméstico.
Segundo o vice-diretor da agência estatística, Sheng Laiyun, o país registrou avanços em emprego, renda familiar e inovação econômica, mesmo sob pressão comercial internacional.
Em junho, as exportações chinesas cresceram 5,8% na comparação anual, e 32,4% em relação ao mês anterior, impulsionadas pela recente trégua nas tarifas com Washington. As importações também subiram 1,1%, superando a expectativa de 0,3%.
Autoridades chinesas afirmaram que o atual cenário exige cooperação mútua e criticaram políticas de coerção econômica, defendendo o diálogo internacional como alternativa para reduzir tensões.
O governo norte-americano anunciou na semana passada a elevação de tarifas contra a Rússia e parceiros comerciais, o que pode impactar cadeias produtivas globais. A China reiterou oposição à medida e reafirmou compromisso com soluções pacíficas na guerra na Ucrânia.
Especialistas alertam para possível desaceleração no segundo semestre, diante da fragilidade da demanda interna e redução de estímulos fiscais. Economistas indicam que a manutenção do crescimento dependerá da resiliência das exportações e de reformas estruturais que ampliem o consumo local.