Nesta terça-feira (15), representantes de mais de 30 países participam de uma reunião de emergência em Bogotá, Colômbia, convocada pelo Grupo de Haia, iniciativa formada em janeiro de 2025 por países do Sul Global. O objetivo: coordenar ações diplomáticas e jurídicas diante da crise humanitária na Faixa de Gaza, onde mais de 58 mil pessoas — em sua maioria mulheres e crianças — morreram desde outubro de 2023.
Foco do encontro: aplicar o direito internacional
Segundo o conselheiro diplomático Guillaume Long, a proposta não é criar novas normas, mas aplicar o direito já existente por meio de medidas reais e coletivas. Entre as ações debatidas estão:
- Bloqueio ao fornecimento e trânsito de armas para Israel
- Apoio aos mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant
- Implementação da resolução da ONU que exige o fim da ocupação israelense até setembro de 2025
Presença internacional reforça legitimidade
Além dos países fundadores — como Colômbia, África do Sul, Bolívia, Cuba, Honduras, Malásia, Namíbia e Senegal — o encontro atraiu delegações da Irlanda, Noruega, Espanha, Portugal, Líbano, Catar, Argélia, Chile, Botsuana e outros. A ONU está representada por Philippe Lazzarini (UNRWA) e Francesca Albanese, relatora especial para a Palestina.
🇨🇴 Liderança colombiana e apoio brasileiro
O presidente Gustavo Petro lidera a iniciativa e defende ações urgentes:
“Se a Palestina morre, a humanidade morre.” O Brasil, que apoia o processo movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça, participa como observador.
Crise humanitária em Gaza
- Mais de 600 dias de cerco
- 2,3 milhões de palestinos enfrentam fome, destruição e colapso sanitário
- Negociações entre Israel e Hamas seguem travadas
- A Conferência Internacional para a Paz na Palestina, proposta pela ONU, ainda não tem data definida