Otan alerta Brasil, China e Índia sobre possíveis sanções secundárias por comércio com a Rússia

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Foto: REUTERS/Johanna Geron
Foto: REUTERS/Johanna Geron

Durante reunião com senadores norte-americanos no Congresso dos EUA, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou nesta quarta-feira (15) que países como Brasil, China e Índia podem ser duramente atingidos por sanções secundárias caso mantenham relações comerciais com a Rússia.

Advertência direta e alinhamento com Trump

Rutte declarou:

“Se você mora em Pequim, em Délhi ou é o presidente do Brasil, talvez queira dar uma olhada nisso, porque isso pode atingi-lo com muita força”.

A fala ocorre um dia após o presidente Donald Trump anunciar o envio de novas armas à Ucrânia e condicionar o apoio militar a um acordo de paz em até 50 dias. Caso não haja avanço, o governo americano poderá aplicar tarifas de até 100% sobre países que, segundo ele, estejam “alimentando a guerra com negócios com o Kremlin”.

Pressão sobre países do Brics

  • A ameaça mira especialmente os não alinhados, como os membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
  • Esses países mantêm laços econômicos com Moscou, mesmo após sanções ocidentais impostas desde o início da guerra na Ucrânia.
  • O alerta reforça o esforço da Otan e da Casa Branca para isolar economicamente a Rússia e pressionar por um cessar-fogo.

Neutralidade e diplomacia

Até o momento, Brasil, China e Índia têm adotado uma postura de neutralidade, defendendo soluções diplomáticas para encerrar o conflito. O aviso de Rutte representa uma escalada na tentativa de envolver esses países nas negociações de paz.

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