O canadense Chris Landry, de 46 anos, viveu um episódio inesperado ao tentar retornar aos Estados Unidos, onde reside legalmente desde os 3 anos de idade. Após férias com três de seus cinco filhos — todos cidadãos americanos — ele foi impedido de reentrar no país ao cruzar a fronteira pelo estado do Maine, mesmo portando um green card válido desde 1981.
Motivo da recusa: infrações antigas
Segundo agentes de imigração, Landry foi barrado por conta de duas infrações menores ocorridas há mais de 15 anos:
- Posse de maconha em 2004
- Condução com carteira suspensa em 2007
Ambas já haviam sido resolvidas judicialmente, sem prisão, mas foram consideradas suficientes para impedir sua entrada. Ele foi detido por três horas e liberado com a condição de aguardar audiência com um juiz de imigração.
“Fui tratado como criminoso”
“Nunca imaginei que não poderia voltar para casa. Fui tratado como criminoso. Minha vida foi completamente ignorada”, declarou Landry, que vive em Peterborough, New Hampshire, com sua parceira e filhos.
O caso ganhou repercussão por sua ironia política: Landry é um apoiador declarado de Donald Trump e da campanha “Make America Great Again”. Agora, ele afirma estar reavaliando suas convicções:
“Eu acreditava em um país forte e unido, mas hoje me sinto traído. Talvez eu nunca mais consiga voltar.”
Impactos das novas políticas migratórias
O episódio reflete uma mudança na interpretação da legislação migratória, intensificada sob o governo Trump. Segundo o U.S. Customs and Border Protection (CBP):
“Possuir um green card é um privilégio, não um direito. Residentes permanentes com antecedentes criminais podem ser detidos ou impedidos de entrar.”
Situação atual e apoio político
Landry permanece em New Brunswick, Canadá, enquanto aguarda a audiência. O caso está sendo acompanhado pelo gabinete da senadora democrata Maggie Hassan, que prometeu ajudar na interlocução com as autoridades federais.