Kremlin reage com cautela às ameaças de Trump sobre tarifas secundárias e envio de armas à Ucrânia

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Reuters
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O governo russo afirmou nesta quinta-feira (17) que está analisando cuidadosamente as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas secundárias de 100% a países que continuem comprando exportações russas, caso não haja um acordo de paz na Ucrânia em até 50 dias.

Resposta oficial do Kremlin

O porta-voz Dmitry Peskov declarou que as falas de Trump são “muito sérias” e que algumas delas foram endereçadas diretamente ao presidente Vladimir Putin. Segundo Peskov, as decisões tomadas por Washington e pela OTAN são interpretadas por Kiev como incentivo para continuar a guerra, e não como sinal de paz.

Putin, até o momento, não comentou publicamente as ameaças, mas fontes próximas ao Kremlin indicam que o presidente russo pretende manter sua postura no conflito até que o Ocidente aceite negociar com base em seus próprios termos.

Trump endurece postura contra Moscou

  • Em reunião com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, Trump anunciou o envio de bilhões de dólares em armas para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea Patriot, financiados por países europeus
  • O presidente americano também afirmou que, se não houver cessar-fogo até setembro, imporá tarifas de 100% sobre países que comercializam com a Rússia, como China, Índia, Brasil e Turquia

Impacto potencial das tarifas secundárias

Especialistas apontam que essas tarifas podem provocar:

  • Queda de até US$ 75 bilhões nas receitas de exportação da Rússia
  • Crise fiscal com aumento da dívida e pressão sobre o orçamento russo
  • Alta global nos preços de gás natural, especialmente na Europa

Putin mantém exigências rígidas

Segundo fontes da Reuters, as condições russas para um acordo incluem:

  • Reconhecimento de territórios ocupados como parte da Rússia
  • Retirada total das tropas ucranianas
  • Fim do fornecimento de armas pelo Ocidente
  • Limitação do Exército ucraniano e proibição de armas nucleares.
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