Uma adolescente de 12 anos, grávida de 32 semanas, faleceu no último domingo (13) após complicações gestacionais em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A jovem fazia parte de uma comunidade indígena Warao, de origem venezuelana, que vive em uma ocupação no município. O bebê sobreviveu ao parto de emergência e está internado em estado estável, segundo a prefeitura.
Gravidez tardia e quadro clínico grave
- A menina começou a apresentar sintomas como enjoo e dores de cabeça no início de julho, mas só procurou atendimento médico no dia 10, acompanhada da mãe e da tia
- No dia 11, foi levada ao Centro Materno-Infantil de Betim em estado gravíssimo e passou por um parto de emergência
- Após o nascimento do bebê, a adolescente sofreu um AVC e hemorragia cerebral, sendo submetida a cirurgia, mas não resistiu
Investigação por estupro de vulnerável
A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para investigar o caso como estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-A do Código Penal, que considera crime qualquer relação sexual com menores de 14 anos, independentemente de consentimento.
- O suposto pai do bebê seria um homem de 22 anos, vizinho da comunidade, segundo familiares
- A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Betim conduz as investigações
Atendimento e medidas institucionais
- A prefeitura afirma que todos os protocolos clínicos foram seguidos e que a família recebeu acompanhamento psicológico
- O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público
- A adolescente não havia feito acompanhamento pré-natal na rede municipal
Sobre a comunidade Warao
- A família da menina vive em uma ocupação com cerca de 200 indígenas venezuelanos, que chegaram à cidade em setembro de 2023 após passarem por Boa Vista (RR) e outros estados