Nesta quinta-feira (17), um bombardeio israelense atingiu a Igreja da Sagrada Família, localizada na Cidade de Gaza, deixando três mortos e ao menos 11 feridos, segundo o Patriarcado Latino de Jerusalém. Entre os feridos está o padre argentino Gabriel Romanelli, conhecido por sua proximidade com o falecido papa Francisco.
Refúgio sob ataque
A igreja, considerada o último abrigo cristão em Gaza, vinha servindo como refúgio para centenas de civis, incluindo crianças com deficiência cuidadas por freiras católicas. O ataque ocorreu pela manhã e, segundo testemunhas e líderes religiosos, foi causado por um disparo direto de tanque israelense.
Estado das vítimas
- 3 mortos: duas mulheres e um homem
- 9 feridos: incluindo uma criança com deficiência, duas mulheres e um idoso
- Padre Romanelli sofreu ferimentos leves na perna
Reações internacionais
- O Vaticano, por meio do cardeal Pietro Parolin, expressou a tristeza do papa Leão XIV, que renovou seu apelo por um cessar-fogo imediato e solidarizou-se com a comunidade cristã local
- A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, condenou o ataque como “inaceitável” e exigiu explicações ao governo israelense
- O ministro italiano Antonio Tajani classificou o bombardeio como “grave violação contra um local de culto cristão” e telefonou diretamente ao chanceler israelense
Resposta de Israel
O Ministério das Relações Exteriores de Israel lamentou os danos à igreja e as fatalidades civis, afirmando que “não mira igrejas ou locais religiosos” e que o caso está sob investigação.
Contexto do conflito
Desde o início da guerra em outubro de 2023, Israel já atacou dezenas de locais religiosos, incluindo igrejas e mesquitas. A Comissão da ONU classificou parte dessas ações como crimes contra a humanidade, especialmente por atingirem civis refugiados em locais de culto.