Os líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) no Congresso, Lindbergh Farias (RJ) e Randolfe Rodrigues (AP), protocolaram pedido de prisão preventiva contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação foi feita dentro do inquérito que já investiga o parlamentar por atos contra o Estado Democrático de Direito.
O documento aponta os seguintes crimes:
- Coação no curso do processo
- Obstrução de Justiça
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Atentado à soberania nacional
- Crime militar por entendimento com país estrangeiro para gerar conflito com o Brasil
Atos públicos nos Estados Unidos
Desde que se licenciou e se deslocou aos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro teria participado de eventos e declarações públicas que, segundo os congressistas, provocam repercussões institucionais graves e atentam contra a soberania brasileira.
Os parlamentares destacam a atuação do deputado em apoio às sanções econômicas impostas por Donald Trump, presidente dos EUA, que anunciou tarifa de 50% sobre exportações brasileiras a partir de agosto.
De acordo com o pedido, o deputado teria contribuído para pressionar o Brasil em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e tentar retaliar decisões do Judiciário brasileiro, incluindo ameaças a integrantes do STF e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em entrevista recente, Eduardo Bolsonaro afirmou estar disposto a sacrificar seu mandato para trabalhar a favor do povo brasileiro no exterior, alegando que não há clima para retornar ao país sem risco de prisão.