Setor mineral cogita missão aos EUA para tentar barrar tarifas de 50%

2 Min de leitura
Foto: Reprodução Adobe Stock

Líderes da indústria mineral brasileira discutiram nesta segunda-feira (21) o envio de uma missão oficial aos Estados Unidos para negociar a suspensão ou postergação das tarifas de 50% sobre produtos do setor, previstas para entrar em vigor em 1º de agosto. A proposta foi apresentada durante reunião virtual entre representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), executivos de empresas do setor e autoridades do governo.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou do encontro e defendeu o diálogo como instrumento para evitar prejuízos comerciais imediatos. Ele sugeriu solicitar um prazo adicional de até 90 dias antes do início da vigência das tarifas, com o objetivo de negociar ajustes técnicos e proteger contratos em andamento.

As empresas associadas ao Ibram respondem por cerca de 85% da produção mineral nacional, incluindo segmentos como minério de ferro, cobre, níquel e nióbio. O grupo também discutiu impactos sobre cadeias produtivas integradas, como siderurgia, construção civil e fertilizantes. Segundo Alckmin, a medida afeta não só o Brasil, mas também o abastecimento norte-americano, podendo comprometer a relação histórica entre os dois países.

O Ministério segue em articulação com setores afetados e não descarta ampliar esforços diplomáticos em outras áreas da exportação brasileira.

Compartilhar