O economista Paul Krugman, laureado com o Prêmio Nobel, classificou o sistema brasileiro Pix como “futuro do dinheiro” e destacou sua superioridade sobre as criptomoedas em termos de eficiência e inclusão financeira. A declaração foi feita em artigo publicado nesta terça-feira (22), em meio ao crescimento da adoção da plataforma no Brasil, que já reúne mais de 160 milhões de usuários.
Krugman enfatizou que o Pix entrega benefícios que promotores de ativos digitais prometeram, mas não cumpriram — como baixos custos de transação e segurança. Segundo ele, o modelo brasileiro demonstra que é possível conciliar inovação tecnológica com regulação estatal e acesso em massa, realidade distante nos Estados Unidos.
O texto aponta que a resistência à moeda digital pública nos EUA decorre de pressões do setor financeiro privado e da ideologia política da ala republicana. O economista criticou projetos que incentivam stablecoins enquanto barram iniciativas do Federal Reserve, classificando a legislação como incentivo a fraudes e instabilidade.
Comparando o Pix ao sistema Zelle, Krugman indicou que o brasileiro é mais rápido, simples e acessível, abrangendo 93% da população adulta — frente ao alcance limitado do concorrente norte-americano. Ele também destacou riscos físicos associados ao uso de criptomoedas, como ameaças para obtenção de senhas, que não existem nas transações com Pix.