Durante visita oficial ao Uruguai nesta terça-feira (22), o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, reforçou a urgência de concluir o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, destacando que o tratado representa uma resposta estratégica à escalada protecionista no cenário internacional. Ao lado do presidente uruguaio Yamandú Orsi, Sánchez também assinou novos acordos de cooperação bilateral.
Declarações contundentes
“Voltamos a compartilhar a necessidade imperiosa, eu diria máxima, de culminar o acordo UE-Mercosul que pode ser fechado e entrar em vigor o quanto antes”, afirmou Sánchez em coletiva na sede da presidência uruguaia.
O premiê espanhol criticou as tarifas de 30% impostas pelos EUA sobre produtos europeus, classificando-as como parte de uma “guerra comercial” promovida por administrações isolacionistas.
Acordo como ferramenta de proteção econômica
- Sánchez defendeu o pacto como “a melhor maneira de nos protegermos” diante das investidas tarifárias do governo norte-americano
- Prometeu trabalhar para persuadir governos europeus que ainda tenham dúvidas sobre o tratado
- O acordo permitiria à UE ampliar exportações de automóveis e maquinário, enquanto o Mercosul teria maior acesso ao mercado europeu para matérias-primas
Histórico e próximos passos
- O tratado está em fase final de análise, após mais de 25 anos de negociações
- Sánchez apoia o diálogo entre Bruxelas e Washington, mas defende medidas de reciprocidade caso não haja avanço
Homenagem a Mujica
Encerrando sua agenda no Uruguai, Sánchez visitará a fazenda onde faleceu o ex-presidente José “Pepe” Mujica, sendo recebido por sua viúva, Lucía Topolansky. A próxima etapa da viagem será Assunção, no Paraguai.
