O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (22) a imposição de uma tarifa de 19% sobre as exportações filipinas, como parte de sua política protecionista voltada à reconfiguração do comércio global. A medida foi divulgada nas redes sociais após uma reunião com o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., na Casa Branca.
Negociação tensa e resultado limitado
- Em abril, Trump havia fixado uma tarifa de 17%, suspensa temporariamente para negociações
- Nas últimas semanas, ameaçou elevar para 20%, mas recuou para 19% após o encontro com Marcos
- Apesar de declarar que as Filipinas estão indo para um “mercado aberto com tarifas zero”, Trump confirmou a tarifa de 19%, gerando confusão sobre os termos reais do acordo
Concessões filipinas e impacto comercial
- As Filipinas se comprometeram a remover tarifas sobre produtos americanos, incluindo automóveis, soja, carnes congeladas e medicamentos
- O país também ampliará exportações de semicondutores, coco e manga
- Em 2024, os EUA registraram um déficit comercial de US$ 4,9 bilhões com as Filipinas, em um volume total de US$ 23,5 bilhões
Unilateralismo e escalada tarifária
- Trump tem adotado uma postura agressiva desde abril, com cartas unilaterais impondo tarifas a mais de 150 países, com taxas entre 10% e 20%
- A maioria dos acordos ainda não foi formalizada, e o prazo final para negociações é 1º de agosto
- O presidente também anunciou tarifas setoriais para indústrias como cobre, semicondutores e medicamentos
Aliança militar e geopolítica
- Além do acordo comercial, Trump afirmou que os EUA e as Filipinas irão “cooperar militarmente”, sem divulgar detalhes
- Marcos Jr. destacou que os EUA são o “aliado mais confiável” das Filipinas, especialmente diante das tensões com a China no Mar do Sul da China
